Tarifaço de Trump: China pressiona por reunião extraordinária no Brics; Brasil resiste em convocar
Grupo já tem encontro previsto para maio, em Brasília, mas chineses querem uma reunião urgente de ministros de comércio. Diplomacia brasileira avalia “sai...

Grupo já tem encontro previsto para maio, em Brasília, mas chineses querem uma reunião urgente de ministros de comércio. Diplomacia brasileira avalia “saia justa” com americanos. Trump (presidente dos EUA) e Xi Jinping (presidente da China) AFP Em meio à guerra comercial iniciada por Donald Trump contra Pequim, a China pressiona por uma reunião extraordinária de ministros de comércio do Brics, com o objetivo de discutir o comércio internacional e as tarifas dos Estados Unidos. Para isso, é preciso convencer o Brasil, que ocupa a presidência rotativa do BRICS, a convocar o encontro. Já está previsto para o dia 21 de maio um encontro em Brasília entre os representantes do comércio dos países do grupo, como agenda costumeira do Brics em 2025, mas a intenção da China é fazer uma reunião a mais, antes desta data. Saiba mais: Brasil deve agir com 'cautela' e mirar eventuais 'retaliações seletivas' contra EUA, dizem especialistas A intenção foi manifestada pelos chineses na videoconferência feita na última sexta-feira (11) entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Comércio da China, Wang Wentao. Mas a pressão não se limitou à conversa. Agora, a China também busca o Itamaraty para que o encontro aconteça. Internamente, porém, segundo fontes ouvidas pela TV Globo, dificilmente uma reunião extraordinária será convocada para discutir o assunto. “O Brasil não quer criar uma saia justa a mais, desnecessária, com os Estados Unidos”, relatou um diplomata. A diplomacia brasileira também acredita que os chineses estejam manifestando o interesse com todos os membros do BRICS. O Brasil tem forte corrente de comércio com os dois países, e tem tentado se manter em uma posição de equilíbrio estratégico na guerra comercial, até o momento. Exportações da China disparam em março, por conta de Tarifaço de Trump